quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Sinalização urbana para deficientes visuais

Nos grandes centros urbanos, existe uma normatização da sinalização de trânsito, conforme o Código Nacional de Trânsito. No artigo 9º do Código, é descrito que uma das atribuições do Conselho Nacional de Trânsito é "Aprovar meios de identificação de pedestres cegos ou portadores de defeitos físicos, que lhes dificultem o andar" (XXXIV), e é atribuição da União a aplicação destes meios em vias públicas, conforme dita o art. 35º do Código.


Por motivos óbvios, um deficiente visual é pedestre por definição. Assim, a sinalização necessária para o trânsito seguro pela área urbana depende de algumas diferenciações na estrutura da calçada e semáforos:


  • Piso Tátil: O deficiente visual pode sentir a diferença na aspereza do solo através dos pés ou da bengala, e se guiar pelo padrão colocado no piso do local; é um tipo de sinalização presente em lugares amplos para guiá-lo até os locais de interesse. Na cidade de Campinas, por exemplo, esse revestimento de borracha anti-derrapante aplicado no solo é amplamente usado para sinalização de pontos de ônibus e cruzamentos no centro da cidade e outros locais de grande movimento, como bancos e shoppings. Os tipos utilizados são o piso tátil de alerta (usados para locais com risco potencial; tem saliências redondas) e o piso tátil direcional (que indica o caminho a seguir até um determinado local; tem bastões extensos na sua superfície). Seu uso é regulamentado pela Norma de Acessibilidade NBR 9050/2004.

  • Semáforos com Aviso Sonoro: Em cruzamentos de grande movimento ou próximos de locais com presença de deficientes visuais (como institutos e bibliotecas), é frequente mundo afora a presença de semáforos com um aviso sonoro, que soa enquanto o pedestre estiver autorizado a atravessar a via. No Brasil, existem pouquíssimos semáforos com esta configuração - quando há alguma sinalização, é usualmente alguma placa avisando sobre "travessia de cegos".

Abaixo, temos um exemplo de semáforo com aviso sonoro para pedestres, próximo ao castelo de Matsumoto, no Japão:



Quanto aos pisos táteis, abaixo temos um exemplo de sua aplicação, numa estação ferroviária na Áustria (pode-se notar a utilização do piso direcional por um deficiente visual):

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Este blog tem como objetivo armazenar os trabalhos e pesquisas feitos por mim durante o curso de Design Gráfico da UNIP Campinas (unidade Swift), a partir do segundo semestre de 2011, sob a tutela do professor Milton e de seus colegas.

Não pensei em nada chamativo, mas com o tempo eu posso aprender uma coisa ou duas e incrementar este blog com conteúdos mais elaborados. Perdoem meu pragmatismo.